3 de agosto de 2010

Nublado.

Sem pressa ele caminhava. Queria estar ali, mesmo que fosse em um dia cinzento. Ele queria sentir frio, queria sentir-se bem. Queria estar só. Fechado, guardava para si os pensamentos e não gostava quando o mar estava agitado. Ele se via nele e não entendia o porque do azul estar assim, tão inquieto. Era desse jeito que ele se sentia. Era dessa maneira que ele agia. Agitado e inquieto. Sabia, sobretudo, que dele eram feridas, eram marcas, eram medos, era dor. Enquanto ao mar? O que seria? Não havia motivos convretos para isso além do dia que não estava bom. Ele queria estar ali mesmo assim, ele queria mais, queria saber como e porquê. Não compreendia e o oceano lhe oferecia dúvidas, além das quais ele carregava. Não recusou e como em um mergulho ao mar, foi no profundo oceano vasto de perguntas que ele achou a resposta para elas. Para tudo o que ele pensava. Era exatamente o que via. Não conseguia enxergar o que estava à sua frente e mesmo assim, achou algo errado. Ele não conseguia. Tranquilizou-se. Horas depois o céu se abriu, daí descobriu ele que a revolta do mar era contra o vento, e não contra as pedras, que ele podia tocar.

1 comentários:

Unknown disse...

Gostei, véy, você é demais, tem uma criatividade incrível. Te amo meu love *-*