26 de agosto de 2010

Ele encontrou a minha alma

Seria bom se pudéssemos trancar as dores num pote, numa caixinha... Em qualquer lugar colorido e feliz, que pudesse tranformá-la em sentimentos belos em um determinado tempo! Você não tem vontade? Me conta. Sou sempre eu que conto as coisas aqui. Hoje estou mais calma... Mas ainda morro mais rápido que você! Hoje decidi não mostrar, porque toda essa vida que existe em mim, está com um cheiro tão bom de primavera, doutor! Posso te chamar pelo nome? É Anjo? Você é o meu anjo. Vou te chamar disso... Ou, não. Vou te chamar de Vinicius. É um nome bom de ser pronunciado e eu posso gritar da janela sem pronunciar aquele a de dor. Sabe, a dor não contém a letra a, mas ela contém na dor. Eu penso em gritos quando sinto dor, e você, Vinicius? Sente dor por alguma coisa? Você sentiu dor quando me conheceu? As pessoas costumam sentir... Elas simplesmente pensam que eu sou cruel e gosto de não gostar... Mas é mentira, viu? Sou boa, eu acho. Não faço coisas ruins por querer... Meu mal tem vida própria. Eu gostaria de falar que posso controlar todas as coisas em mim... Mas não controlo a minha alma, assim como o vento não controla um pássaro que precisa voltar para o ninho, com comida na boca para tratar os filhotes. Você percebeu como estou mais calma hoje? É, acho que encontrei alguém pra amar... E que não precisa ser amado com tanto mel, sabe? Mas ele consegue me deixar doce. Ah, quer ouvir algo que ele me diz? Eu te amo. Ele diz isso... É mágico, não é? Sabe, sempre me imaginei falando essas três palavras, mas nunca imaginei que elas transformariam a minha vida em algo que ela nunca tinha experimentado... Minha vida anda viva, sabe? Quero ser viva comigo e com ele! Não posso mais morrer, não. Por isso hoje vou sair mais cedo daqui... Olha, ele vai me levar num lugar que eu não lembro mais como é... Ele vai me levar pro lado de fora. Deve ser bom não morar num lugar todo branco, né? O senhor mora? Deve morar. Ele também é como o senhor, mas eu prefiro não falar sobre isso com ele... Sabe, eu ficaria envergonhada por amá-lo tanto e ser tão simples nas palavras... Ou complicada, ao mesmo tempo. Ele vai me tirar desse hospital de almas perdidas, porque encontrou minha alma num corredor e percebeu que era minha! Foi ele que a trouxe de volta. Eu o amo, doutor. Posso viver agora.

Por Arabella Fermor

25 de agosto de 2010

Poderia me dar a sua mão?

Como explicar a Teoria da Criação? Ou como dizer quem somos, quem sou? O mundo gira, fato. Mas o que me incomoda não é o seu jeito de girar, é como as pessoas que estão nele são giradas. Umas acham que por estarem "em cima" podem chutar, pisar e sei lá o quê. Outras, por estarem "em baixo", dizem-se ser menores, complexas e coisas do tipo. O que me incomoda no mundo - sinceramente - não são as pessoas, são como elas agem. Acham que podem interferir na vida alheia, acham que podem meter o bedelho em tudo quanto é caso. Na verdade elas se acham as 'tais'. Faz-me rir. Desde os primórdios da história o mundo vive com seres assim, eu vivo com, mas não como eles. Ser diferente é o que me consola. Basta um olhar para saber quem são, como se destacam, como vivem. Ignorâncias e chateações fora à parte. Não falo de problemas pessoais ou derivados, falo de como as pessoas interagem-se em uma mesma sobra de espaço. Em um curto período de tempo por essas bandas que chamam de vida. Uns conseguem se destacar, enquanto aos outros? Sim, aqueles excluídos pelo Raio Society? Estes mesmos, que lhe pedem dez centavos para comprar um almoço, que te olham com um pedido de socorro. São esses aí. Os tais ladrões, os tais pivetes de rua, os tais mendigos. Nossos amigos. Confesso que um desses já tiraram de mim o que deveria ser dele. Provavelmente, vendeu para comprar drogas. Eu entendi! Ele procurava nesse mundo um lugar para afundar suas dores, um lugar para chamar a atenção: "Oi, eu vivo aqui com você. Poderia me dar a sua mão?", qualquer lugar que fosse!!! Ele queria sentir-se seguro, longe de páginas e assuntos policiais, longe de nós. A dor deles não está no jornal. Não está em 'Passione', em 'BBB' ou em 'Programa do Jô'. Está onde cada um sabe, está em sua volta, na sua vida, onde você mora. É disso que falo, de sentir a dor do outro, de saber o que o outro passa, o que o outro faz, come, veste. Os padrões de beleza estão distantes de refletir quem somos. Enquanto você não se conscientiza disso, eu vou postando neste blog.

22 de agosto de 2010

A Oitava Cor...

Ele dividiu o céu depois da tempestade em um arco no fim da estrada. Era como uma placa de boas-vindas. Uma promessa de calor e roupas secas assim que eu fizesse a travessia. Mas meus pés estavam presos ao chão, meus olhos incrédulos recusavam-se a perder um segundo que fosse daquilo. Eu queria poder registrá-la de qualquer forma que fosse, mas não havia como. Nem mesmo a Faber Castel a capturara até então. Aquela oitava cor não era azul, ou rosa, ou verde. Nenhuma cor para a qual eu tivesse nome. Não era tampouco uma mistura delas. Era como uma fascinante quarta cor primária. Talvez o primeiro homem a pisar na lua entenderia a emoção daquela descoberta. Não era apenas mais uma cor para a cartela, era uma novidade que duplicava minha capacidade de percepção. A percepção de uma vida sendo inacreditavelmente expandida naquele breve segundo em que meus olhos capturaram aquela nova cor perfeita. A partir daquele momento algumas de minhas convicções mudaram. O arco-íris tinha oito cores.  
Eu tinha você.

18 de agosto de 2010

Amadeus.

Louco [De or. obscura.] Adj. 1. Que perdeu a razão; alienado, doido, demente: & 2.Que está fora de si; contrário à razão ou ao bom senso; insensato. Com certeza, você já chamou alguém de louco. Talvez um homem que dançava e cantava no meio da rua, totalmente tomado pela alegria da música em seus fones, ou talvez uma mulher que se vestisse de um jeito incomum. Talvez com algum desprezo, por nunca termos parado pra pensar o que é um louco. Sim, temos essa mania de chamar pessoas não-comuns de loucas. Não acho errado, eu até gosto. Eu gosto dos loucos. São pessoas que mergulharam tão dentro de si, que transparecem isso por fora. Ou agem de uma maneira única. São pessoas apaixonadas, são pessoas sonhadoras. As quais não somente sonham como realizam. Pessoas extraordinárias, admiráveis. Eu, sinceramente, amo os loucos. Houve, há uns tempos atrás, um louco dramaturgo escreveu atos dramáticos e sangrentos. Foi lembrado como William Shakespeare. Se não fosse por um louco chamado Albert Einstein que foi expulso do colégio e, mesmo assim, insistiu com a Matemática e Física não saberíamos que E=mc². Um louco, que achava que rosa era a melhor cor para roupas, fez a pintura mais famosa do mundo. Devemos isso a Leonardo Da Vinci. Sem falar em Isaac Newton, que cismou na loucura de haver uma força nos prendendo a Terra, em outras palavras, descobriu a Lei da Gravidade. Ainda podemos lembrar-nos de um louco chamado Beethoven, que compôs a sua mais famosa sinfonia mesmo tendo perdido a audição. E, meu preferido e louco Mozart, que compôs sua primeira sinfonia quando criança, uns seis anos se não me engano. Ninguém diria também que os pontos numa tela feito por aquele louco do Monet faria tanto sucesso um dia. E do que seria da França e do mundo inteiro, sem os loucos revolucionários boêmios, acreditando em beleza, liberdade, verdade e amor? Foram pessoas grandes. Loucas. Ouso-me a dizer até, de que os loucos movem o mundo. O segredo é mandar todos os que interfeririam se ferrarem. Enfim, viva aos loucos. 


(...)

Meu pensamento é descontínuo, incompleto, incompreendido. É forte, é fraco, é em cima, embaixo, de ponta-cabeça. É uma camisa do avesso, são passos de um tênis vermelho gasto, é um cheiro, um abraço, uma conversa. Meu pensamento é um pouco do tudo e mais um pouco. É um confuso.
Minhas palavras e eu somos uma tentativa de explicação. Do que? Boa pergunta. Talvez de mim mesma, talvez do mundo, talvez só de alguma situação qualquer.
Me sinto uma grande massa de bolo. Uma mistura de sentimentos, sensações, saudades, momentos, fases, primaveras-invernos-outonos-verões. Um rio caudaloso, que as vezes seca, mas que a chuva traz de volta à vida.

Do que eu estou falando? Enfim, eu precisava tirar isso de mim.
Está aí, abra a caixa, tire o laço das palavras e tente descobrir o que elas escondem.

Só faça o favor de me dizer depois. 

 Por Lili Almeida

Eu, o vento e o adeus...

Acordei lúcido. Em meio ao nada, venho despedir-me de quem já foi embora. Perdoe-me a demora, é que desde sua partida vim perdendo todos os sentidos ou até mesmo posso ter me perdido inteiramente, não sei. Penso que você me levou consigo e deixou-me apenas em posse de vestígios do que hoje posso dizer que sou. Acho que fiquei pobre de mim e rico em lembranças suas. De ti a mim, esse talvez deva ter sido o seu troco. E das mesmas lembranças, eu vendo suas cores para o tempo. A cada dia que passa, elas vão ficando cada vez mais opacas e amareladas, combinando com meu mundo. Sinto a boca amargando. Deve de ser dos teus beijos doces que há muito tempo perderam a validade. As memórias se enfraquecem, entretanto, o meu vazio é suficiente a mim para saber que é a ti que escrevo, mesmo que com míseras palavras. Até as mesmas roubastes de mim, levando-as consigo. Hoje, tu deves de dormir deveras bem, porque desde que você se foi passei a sofrer de insônia. Logo, posso dizer, que contigo junto foram os meus sonhos, vazios, talvez preenchidos com teus amantes. Já não consigo te ver, então, eu pergunto por você, perguntando por mim. Todavia, eu te ouço, mesmo não estando aqui, meus ouvidos dizem a mim que há muito tempo tu me disse adeus. Então, que esse vento – que sopra forte delineando o que restou da minha alma - ecoe o meu adeus para bem longe.


Por Fabruno Alcantara

11 de agosto de 2010

Anjo meu, meu amor...

Você disse-me se eu acreditava em anjo? Pois é, és o meu. Soube que ando triste, que sento falta de alguém, que não quero amar ninguém. Por isso estás aqui: veio cuidar de mim, me proteger, me fazer sorrir, me entender, me ouvir e quando tiver cansado, cantar pra eu dormir. Me colocar sobre as suas asas, me apresentar as estrelas do teu céu. Passar em Saturno e roubar o seu mais lindo anel. Vais secar qualquer lágrima que ousar cair, vai desviar todo mal do meu pensamento, vai estar comigo a todo momento sem que eu te veja. Vai fazer tudo que eu deseja. Mas, de repente eu te beijo, o coração dispara e a consciência sente dor. E você descobre que além de anjo, pode ser meu amor... Agora acredito.

Citação de Anjo - Banda Eva e Daniela Mercury

9 de agosto de 2010

Altar Particular

Meu bem que hoje me pede pra apagar a luz, e pôs meu frágil coração na cruz, no teu penoso altar particular. Sei lá, a tua ausência me causou o caos, no breu de hoje eu sinto que o tempo da cura tornou a tristeza normal. E então, tu tome tento com meu coração, não deixe ele vir na solidão, encabulado por voltar a sós. Depois que o que é confuso te deixar sorrir, tu me devolva o que tirou daqui que o meu peito se abre e desata os nós. Se enfim, você um dia resolver mudar, tirar meu pobre coração do altar. Me devolver, como se deve ser ou então, dizer que dele resolveu cuidar, tirar da cruz e o canonizar digo faço melhor do que lhe parecer. Teu cais deve ficar em algum lugar assim, tão longe quanto eu possa ver de mim, onde ancoraste teu veleiro em flor. Sem mais, a vida vai passando no vazio. Estou com tudo a flutuar no rio esperando a resposta ao que chamo de amor...

Maria Gadú


 
Próxima postagem,
Reis e Rainhas, Príncipes e afins  
 
Mas isso são cenas do próximo capítulo... 

Anarquia

Não valia a pena permanecer daquele jeito e naquele momento. Meu coração dilatava-se e comprimia-se aos suspiros meus e a cada aperto uma dor que parecia não ter fim e queimava interiormente como enxofre nos pulmões e lacremejava minh'alma. A verdade era que aquele instante egoísta, por pensar em si só, autoflagelava-me em concordância com a minha decisão. E alcançava de mim o que eu não queria dar. Impulsionado por um coração deslacerado, o meu sangue palpitava em águardente, queimava. Fervia. Queimava. Os dois. Eu não sabia ao certo o que falar, a minha linguagem fazia perder o sentido de qualquer tradução. Eu me sentira só, porque o vazio fez de mim seu habitat natural, trouxe consigo o resto dos seus entes queridos. Era o que eu dizia, que aos poucos tudo voltaria ao seu devido lugar. Eu persistia, mas não voltaram e o dia mais uma vez acoube-se com um turbulhão de coisas que deveriam serem feitas, mas não foram... Pelo menos o Téddyo não me visitou àquela tarde. Eu queria mais, o mais (para mim) ainda era pouco para o que eu gostaria de ter. Assim como a rosa possui espinhos, naquele instante eu não possuia calma. Naquele instante eu não possuia luz própria, assim como o céu possuia estrelas e, ao pulsar de uma delas, latejarei meu coração: afinal, era apenas um músculo involutário. Pois a minha anarquia não era por falta de Reis, era por falta de você.      

6 de agosto de 2010

Recordar

Quero um pouco de falta, um pouco de falta de juízo em nós. Quero um pouco mais de você, um pouco mais de você agora. Eu quero só um pouco... Quero um pouco de mim, um pouco de mim em você; não muito, só um pouco. Quero um pouco mais de abraço, um pouco mais de beijo, um pouco mais de amor, de desejo. Só um pouco, pouquinho, poucão. Eu quero um pouco de vinho e uma rosa para te dar uma canção. Ao som do violão eu canto para você, para mim, para nós todos e ao redor da fogueira abaixo das estrelas, cantarolemos. Cantarolemos, sim! Que queremos um pouco da noite, essa que nos toca, cantarolemos que queremos amar, transar, gozar da vida, das pessoas, dos amores. Para quem eu canto? Cantarei um pouco do que me dizes, que queres só um pouco de mim como eu quero de você. Eu quero só um pouco do pouco que queres de mim. Mas não dar-te-ei nenhum pouco. Apenas e só, tudo.

3 de agosto de 2010

Nublado.

Sem pressa ele caminhava. Queria estar ali, mesmo que fosse em um dia cinzento. Ele queria sentir frio, queria sentir-se bem. Queria estar só. Fechado, guardava para si os pensamentos e não gostava quando o mar estava agitado. Ele se via nele e não entendia o porque do azul estar assim, tão inquieto. Era desse jeito que ele se sentia. Era dessa maneira que ele agia. Agitado e inquieto. Sabia, sobretudo, que dele eram feridas, eram marcas, eram medos, era dor. Enquanto ao mar? O que seria? Não havia motivos convretos para isso além do dia que não estava bom. Ele queria estar ali mesmo assim, ele queria mais, queria saber como e porquê. Não compreendia e o oceano lhe oferecia dúvidas, além das quais ele carregava. Não recusou e como em um mergulho ao mar, foi no profundo oceano vasto de perguntas que ele achou a resposta para elas. Para tudo o que ele pensava. Era exatamente o que via. Não conseguia enxergar o que estava à sua frente e mesmo assim, achou algo errado. Ele não conseguia. Tranquilizou-se. Horas depois o céu se abriu, daí descobriu ele que a revolta do mar era contra o vento, e não contra as pedras, que ele podia tocar.

Cansaço.

Não havia novas mensagens. Quando ele chegou só os latidos de Bob o recebiam e, já era manhã, o cansaço tinha tomado conta do corpo, da alma, do espírito. Olhou-se no espelho, mas este refletia a imagem que não era dele, que não fazia parte do seu dia-a-dia. Parecia outra imagem da imagem de outro ser, mas não, era dele. A verdade era que o espelho retratava o que ele havia se tornado, segundo o que o seu cotidiano afirmava. Revelou-se. Eram seus olhos, sua boca, sua face. Apontava para si uma Calibre 38 na altura do peito, e em um estalo só, levantava-se aterrorisadamente do lugar onde dormia: era Mike e estava com fome, queria a sua ração. O moço de faces febris olhava o espelho, o relógio, mas voltou à dormir. Ainda eram 05h19min.

2 de agosto de 2010

No title.

Ao contrário de muitos, ouvimos músicas rápidas com batidas diferentes. Eu gostaria de parar de tremer por pelo menos alguns segundos. Eu me mantive sóbrio por dois anos, me recusei a embebedar-me com teus beijos, por tanto medo de um provável vício. Então faz um pacto comigo, me diz sempre a verdade, olhando sempre nos meus olhos. Me conte sobre suas coisas, seus relacionamentos conturbados. Nós sabemos melhor do que ninguém, ainda vamos casar um dia. Você será a minha, e eu serei sua única companhia. O céu havia sido afastado há um tempo, nós nos perdemos por alguns dias, e hoje, como aqueles outros meses atras, voamos pelas ruas, durmindo sob a luz da lua. Meus medos foram embora, e eu agora flutuo sobre você.

Diversão

As luzes na boate piscavam em uma sequência em que ninguém entendia, a música tocava alto até que seus ouvidos estourassem e começassem a se acostumar com o som altíssimo. Você precisava entrar no ritmo da dança para ser aceito, e como pequenos robôs controlados por uma força maior vocês acompanhavam a música e batiam as palmas. Tudo entrava em um tipo de black out, e ninguém poderia seguir mais ninguém, porque ninguém se via naquele lugar. O som continuava, e todos se esbarravam, todos se pisavam e gritavam a cada encontro desastroso com outra pessoa. Parecia acidental, mas depois de alguns minutos a luz voltou, e eles estavam ainda parados, tentando entender tudo que estava aconteçendo. Começaram a seguir uns aos outros, e o ritmo da dança voltará a ser compreêndido. Cegos pela falta de luz as pessoas não haviam conseguido, por falta de criatividade, por falta de coneção, dançar. Ninguém conseguiria, afinal, quem está fazendo as coisas por si só hoje em dia? É como uma fábrica, e todos tem que ter um ritmo, tem que ter um tipo de marca, e tem que ter uma utilidade, se não querido, você está fora; e o produto final não fica pronto sem uma certa padronização. E quando alguém os cega, nada acontece, eles só ficam cada vez mais perdidos, até a claridade voltar e tudo começar novamente como se nada houvesse acontecido. Como se aquele black out não fosse nada pra eles, pois estava cegos demais com a robotização que havia sido imposta a eles. Cegos por seguir os outros e não ter mais a sua própia voz. Afinal, por quem você fala?