1 de outubro de 2010

Ponta de Humaitá


A vista da paisagem os intrigava. Não era apenas um mar, era algo inexplicável. Ali estava uma mistura de sensações, em um ritmo acelerado: o coração batia; a respiração frígida, o ânimo resplandecia. Era o poder da natureza fazendo promessas. As promessas que mudariam suas percepções e capacitava a cada olhar o poder de distinguir tudo o que sem valor. Não era fantasia ou algo assim, era a mais pura realidade, era uma vista e não seria em hipótese alguma uma miragem. O deserto não era ali. Embora dentro de si fosse desse jeito, o modo como as coisas fluíam era natural. Ardia no peito uma vontade de continuar, de estar, de permanecer ali. O vento passava entre nós, o sol penetrava em nossa pele e o mar... Ah! O mar! Tão belo e esplêndido, poderia retratar aquele momento com um azul diferente. Mas ele estava calmo demais, eles estavam ali o contemplando. Inigualávelmente a qualquer outra coisa que fosse. O dia estava lindo e ao som do violão as águas dançavam para encantá-los. O sol brilhava, as lentes da máquina fotográfica se aliaram aos seres, retratou o irretratável. E isso agora, fica só na memória...

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